11 de maio de 2013

Viagem.

A gravidade tomou conta do meu corpo e pressionou-me contra a terra.
Pensei que não aguentaria todo o peso do universo, mas mantive meus pés firmes.
A cada tropeço um desejo: de que os cosmos abrissem passagem. E que me deixem!

Eu vi o mundo girar cada vez mais rápido na direção contrária. 
Voltou a música e veio novamente cada vez mais alto, mais baixo, mais depressa.
A cada compasso eu dançava com as cores que vinham da melodia, da harmonia. 

E sem aviso prévio, a gravidade se dissipou.
A cada passo a terra ficava menor. Eu era a terra, a água, o fogo e o ar.
Por um momento eu fui você. E vi você em mim, do outro lado da sala.
O calor gelado da fogueira confundia minha pele. Não sabia mais o que era o frio. O quente não existia. 

Descobri um novo mundo, percebi que não existem verdades nem mentiras.
Apenas versões. Interpretações.
Percepções do nada que existia.

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