23 de novembro de 2012

Permita-me


Permita-me viver em você,
Despido de razão, de lembranças.
Quero viver todo o seu aspecto mais ordinário.
Rir teu riso,  chorar teu pranto, orar teu santo.
Ser mais que eu, medíocre e sem vida.
Ser alguém que talvez seja capaz de amar,
me amar quem sabe!

Ser de teu nada o mais real,
De tua paz a guerra,
De tua música a pausa,
De teu céu as estrelas.
Essas que não iluminam, mas
Enfeitam e tocam a alma dos amantes.

Permita-me viver em você,
Sentir o que não sinto, pensar o que não penso.
Um minuto, ou uma vida que seja.
E seja mais do que espero, do que quero.
Que ultrapassemos as belas palavras trocadas,
E possamos sem culpa, trocarmos a alma.

21 de novembro de 2012

Love Story

Amor meu, que ainda não tive em meus braços,
história linda que ainda não se concretizou.
Espero que me ames, como um dia desejo te amar. 
Falar-te os versos que ainda não escrevi. 

Diga-me o que pensas, o que sentes.
Não posso cruzar essa linha sozinho, 
faça parte dessa história, faça acontecer.

Não espere que eu possa te amar sozinho
te despir os sentimentos, te descobrir o amor.
Me beije sem perguntas, sem respostas.
Sem pensar, sem ver, sem pesar, sem sofrer.

Faça de mim completo, por um minuto que seja.
Esqueça o espaço e o tempo. Prenda a respiração.
Quero ver tuas mãos suarem, seus olhos brilharem, 
quero sentir seu coração bater mais forte, sua alma dilatar.

Sem querer, sem poder, 
seja minha pois eu serei teu.
O tempo se dobrará aos nossos pés, 
Seremos um só em corpo e alma,
o mundo inteiro verá
e saberá que foi real.

20 de novembro de 2012

Aquele amor que nunca tive.

Em você minha imagem.
Seu sorriso em minha boca,
minha boca na sua
meu sorriso
em você.

Minha virtude corrente, 
lembranças solenes, 
de momentos ausentes.

Sinto seus sentimentos, 
conheço em seus olhos o medo, 
em seu peito o receio, em sua pele o desejo.

Memórias inexistentes,
solidão presente, 
futuro incerto,
o amor por perto.
Deserto.

18 de novembro de 2012

Negativa

Não é culpa sua.
Nem minha.
Nem de ninguém.

Aconteceu
e vai continuar acontecendo
todos os dias até que eu aprenda
a adestrar meu coração.

Não sei se quero,
não sei se posso.
Não tenho certeza

Não... Não... Não...
Ressoa em miinha mente
como sinos que anunciam
o luto de quem não conheço.

Importar-me?
Por que, se perdi mil e um amores
e ela seria apenas mais uma nas estatísticas?
Mas perder-te a companhia, mata-me a alma.

Não...
Não sei,
não sei se quero saber.
Simples e seco.
 Não.

8 de novembro de 2012

Francamente

Francamente,
Sente a manobra do desistente
nas mãos de poucos gloriosos,
espasmos individuais sorridentes?

Francamente, 
Não vê a condição demente
a que estão fadados os homens
mesmo aqueles mais inteligentes?

Francamente,
Considera sãos os crentes,
aqueles que veem esperança 
nas condições mais pertinentes?

Francamente,
sente o que pensa,
ou pensa o que sente?

6 de novembro de 2012

Insânia


Preciso mexer com calma



Não quero um novo amor que me destrua

não quero uma paixão que me mova contra

o abismo da tortura emocional

quero paz. Sozinho, se preciso for.


Precisa de um tempo para parar o pensamento

De um amor que te ponha feito um louco.

Precisa apaixonar-se mover-se, sem pressa

Precisa de um alguém, precisa de mim!


Mas se estou contigo, o que resta de mim?

Nada! te digo, sugas-me a essência, sem piedade

como um viciado covarde não posso de você me desfazer

em ti a necessidade, em mim a insanidade

Enfim eu preciso partir.

Estêvão & Ana Paula

2 de novembro de 2012

Sem [tido] (Por Paula Nonato)



Pra que calar-se de inspirações absurdas e nebulosas sensações de amor?
Quero o sabor da vida tranquila, a dor depois de um porre. Quatro e vinte quero viajar.
Pra que silenciar o sentir das confusões que rebatem as mentes ocas se ao menos não sabemos mais respirar?!
Gritar encantos, refutar meus prantos só pra me ouvir cantar?
Sair por ai sem rumo, beijar quem conheci agora, a vinda inteira navegar.
Pra que só racionar se amo-te a cada sentimento oculto?
Exploda o mundo e suas concepções, destrua revistas de moda, queime os vizinhos, transe comigo sem parecer vulgar!
Quebre a tv, rasgue o jornal, mate um burro e venha me amar, sem parecer vulgar!
Vulgar, que não tem nada que se deixa destacar. INCONSPÍCUO. Sujo.
Grite com os mais velhos, faça suas ordens, vire um rebelde e venha me beijar.
E depois, nada que eu tenha dito fara sentido, pois tudo que escrevo faz luto à solidão.



Nota: Essa foi umas das coisas mais belas que já li na minha vida. Sem mais

Silêncio

O silêncio faz ouvir-se,
                            e tortura-me. 
Faz-se sentir,
              e confunde-me.

As palavras rebatem 
                         nas mentes ocas
fazem eco... 
               uma vez mais o silêncio.

E nada mais...
                      acompanha-me
                                           e destrói-me inteiro.

Grito-me por dentro,
                      sinto em mim o apelo
                                             de silenciar meus prantos.
                                                                      De não ouvir teus cantos,
                                                                                                      Refutar encantos.

Sinto-me no silêncio, que nunca tive. Que nunca fui.