23 de novembro de 2012

Permita-me


Permita-me viver em você,
Despido de razão, de lembranças.
Quero viver todo o seu aspecto mais ordinário.
Rir teu riso,  chorar teu pranto, orar teu santo.
Ser mais que eu, medíocre e sem vida.
Ser alguém que talvez seja capaz de amar,
me amar quem sabe!

Ser de teu nada o mais real,
De tua paz a guerra,
De tua música a pausa,
De teu céu as estrelas.
Essas que não iluminam, mas
Enfeitam e tocam a alma dos amantes.

Permita-me viver em você,
Sentir o que não sinto, pensar o que não penso.
Um minuto, ou uma vida que seja.
E seja mais do que espero, do que quero.
Que ultrapassemos as belas palavras trocadas,
E possamos sem culpa, trocarmos a alma.

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